quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Estudantes de jornalismo visitam o 1º Salão do Jornalista Escritor em São Paulo

Pedro Henrique Martins


Estudantes de jornalismo da Universidade do Vale do Sapucaí em Pouso Alegre, visitaram no último dia 18 – domingo, o 1º Salão Nacional do Jornalista Escritor, no Memorial da América Latina em São Paulo. O evento contou com a participação de vários nomes do jornalismo brasileiro, como por exemplo, Juca Kfouri, Moacyr Scliar, Caco Barcelos, Domingos Meirelles, Eliane Brun e outros. O público lotou o Auditório Simon Bolívar, onde foram realizadas, entrevistas, palestras e debates.
O evento teve início às 14 h com entrevista do jornalista esportivo Juca Kfouri, que falou da sua paixão por futebol em especial ao seu time, Corinthians e contou sua história na revista Placar, a entrevista foi mediado pelo radialista Claudiney Pereira. Logo após as 15h30min, uma entrevista com o escritor Moacyr Scliar, onde falou de suas obras literárias e às 17 h palestra/debate com o tema, “Livro reportagem, fronteira literária do jornalismo”, com os expositores; Caco Barcelos – repórter da TV Globo, Domingos Meirelles - apresentador do programa Linha Direta, Eliane Brum – jornalista da revista Época e mediado pelo jornalista Florestan Fernandes Junior.

Para a estudante de jornalismo Aline Campos, 18, o evento foi positivo, pois os alunos tiveram contato com profissionais renomados do jornalismo e que estão trabalhando na área por vários anos, “é algo muito importante para nós que estamos começando, foi muito positivo”. Mas a estudante ressalta, o evento foi um tanto cansativo, pois foi um dia inteiro de palestras, uma em seguida da outra, e argumenta que poderia ser mais dinâmico, “fora o cansaço que é normal, o evento em si foi maravilhoso, valeu a pena”.
Segundo o estudante Diogo Moura, o evento teve uma importância valiosa, pois serviu para os estudantes terem uma noção do caminho que pretende seguir dentro da profissão e ressalta que o ápice do evento foi o debate com Caco Barcellos, que fez um pequeno e essencial depoimento. “O contato com os profissionais da área nos mostra em qual o caminho devemos andar, pois são jornalistas extremamente éticos, temos que basear neles para fazer da nossa carreira uma carreira de sucesso”, diz Diogo.
O 1º Salão Nacional do Jornalista Escritor, foi em homenagem ao jornalista Joel Silveira, que morreu aos 88 anos, no dia 15 de agosto.

Estudantes encontram dificuldades em se inscrever para o FIES




Pedro Henrique Martins


Os estudantes universitários da Universidade do Vale do Sapucaí - Univas, em Pouso Alegre, estão encontrando dificuldades em se inscrever para o Programa de Financiamento Estudantil - FIES, concedido pelo Governo Federal, a fim de financiar os estudos no ensino superior, para quem não tem condições de arcar com os custos de sua formação. Para que os estudantes consigam o benefício, é necessário que estejam regularmente matriculados em instituição particular, cadastradas no Programa e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação e Cultura – MEC.

Segundo informações da estudante de jornalismo da Univas, Iara Siqueira, 19, da cidade de Cambuí, a grande dificuldade é a falta de informação e também a burocracia em se tratando dos documentos, “eu moro em outra cidade e esse é outro problema, mas uma coisa é certa, sem o FIES eu não conseguirei terminar o curso”. Para Jonas Costa, 21, de Santa Rita do Sapucaí e estudante de jornalismo, a única dificuldade enfrentada foi a de mobilidade, já que o processo de seleção é realizado em outra cidade e ressalta que a coordenação do programa deveria facilitar o acesso dos alunos aos postos de atendimento, que poderiam ser as próprias agências da Caixa Econômica Federal.

O Programa foi criado em 1999 para substituir o Programa Crédito Educativo. O FIES tem registrado uma participação cada vez maior das Instituições de Ensino Superior – IES e dos estudantes do país. Atualmente são 23.035 cursos habilitados com o FIES em todo o país e quase 500 mil estudantes beneficiados.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Brasil e seus contrastes


Gabriela Melo Rosa

Ao analisarmos o Brasil como um todo, chegamos a conclusão de que não há possibilidade de fazê-lo, devido a nosso país não apresentar conjuntos harmônicos que permitem dizer “o Brasil está bem” ou “o Brasil está ruim”.
O quadro antagônico dominou a sociedade, onde destacaremos três aspectos: crescimento econômico, distribuição de renda e político.
Quanto ao crescimento econômico, nos últimos 12 anos, podemos classificar o Brasil como ruim em comparação com os demais países chamados emergentes, já que estivemos sempre no fim da fila em crescimento da economia, apesar de os políticos sempre apregoarem que “o país está maravilhoso”.
Distribuição de renda: a única distribuição efetiva que assistimos é o governo pagando sem uma contrapartida a mais de 8 milhões de pessoas as suas bolsas. Na realidade, não vemos as pessoas ganhando e produzindo mais, mas aumentando a renda porque mais pessoas na família estão empregadas, o que leva a um crescimento da demanda por permitir um maior endividamento das pessoas, com sérios riscos de inadimplência futura caso haja qualquer problema de empregabilidade.
No quesito político, acho que não temos nem país para comparar, tal o tamanho de seus problemas que, somente para exemplificar, são falta de ética; moral abaixo de raiz de mandioca; negociatas; desvios de recursos públicos; decisões e negociatas em troca de cargos e verbas; tudo o que se vê ao vivo na discussão da CMPF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
É claro que não podemos generalizar, pois, felizmente, ainda temos poucos, mas temos políticos com “P” maiúsculo, que cumprem de forma correta seu mandato, porém são a maioria.
Assim vamos vivendo, pois não temos outra opção. Quando um presidente vem a público dizer que se não aprovar a CPMF não terá recursos para investir em saúde e infra-estrutura, creio que estamos no fundo do poço, pois em nenhum momento o mesmo ou outro político qualquer colocou a alternativa de redução de gastos que não geram nada para o país, despesas inócuas que somente beneficiam os apaziguados do poder.
Temos ainda que ouvir que choque de gestão se dá por contratação de funcionários públicos e não pelo treinamento e capacitação dos que aí estão. Pelo menos é o que qualquer empresário na atividade privada faz nessas circunstancias, mas quem paga a conta somos nós, então, vamos contratar, e, se possível, nossos amigos e conhecidos, não os mais capacitados...
Esse é o nosso país, que os detentores do poder acham que está maravilhoso. Para eles, certamente, pois não precisam trabalhar para ganhar o dinheiro de cada dia, os cofres públicos pagam todas suas despesas sem qualquer exigência de retorno, capacidade ou produtividade.
Se for isto o que queremos, vamos votar neles novamente. Caso contrário, vamos tirá-los e devolvê-los para a vida privada, talvez alguns deles trabalham efetivamente, pois conhecemos alguns que nunca trabalharam na vida como nós, mortais.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Chuva forte causa danos aos moradores do bairro Itaim











Pedro Henrique Martins

Os moradores do Conjunto Habitacional do bairro Itaim, em Córrego do Bom Jesus, sofreram com a chuva do dia 29, domingo. A tempestade de granizo durou aproximadamente 30 minutos e foi o suficiente para causar vários danos aos moradores. Um dos grandes problemas que eles enfrentaram, foi o barro, pois as ruas do recém - inaugurado conjunto habitacional não são calçadas. A lama fez com que as ruas ficassem intransitáveis.
Os moradores reivindicam melhoria nas condições de vida, pois alegam que estão esquecidos perante o poder público. Segundo os moradores, quando chove, tudo fica mais complicado, pois em dias assim, o caminhão de lixo não desce até o final das ruas para recolher o lixo e nem as compras de supermercado. Os moradores reclamam também da falta de um orelhão público no bairro, que facilitaria o acesso ao centro da cidade.
Com a chuva dia 29, várias pessoas tiveram seus eletrodomésticos queimados, até um poste de luz está escorado com arame farpado, pois corre o risco de cair. É importante ressaltar que o contato com o barro, lama e brejo, aumentam o risco de aquisição de doenças infecciosas transmitidas por água contaminada, através desse contato é possível contrair a leptospirose, hepatite A, e E, e até doenças diarréicas. Assim como as demais doenças citadas, ocorrem mais comumente em áreas onde a infra-estrutura de saneamento básico é inadequada ou inexistente.
Para, Maria Benedita da Silva, 38, moradora do bairro Itaim, relata que até os meios fios colocados pela prefeitura caíram todos, “alguns moradores estão tentando melhorar as suas casas, fazendo muros, só que a chuva está derrubando tudo, a rua esta esburacada, não tem como passar carro aqui”. A reportagem esteve no local logo após à chuva e constatou tudo o que foi dito pelos moradores. “O que a gente queria era um calçamento, não tem como ficar aqui com esse barro”, diz Maria Benedita.
Segundo o prefeito municipal, João Batista Ribeiro, a solução para o bairro é o calçamento, mas ressalta que esse ano não acontecerá, pois houve uma queda do município no fundo de participação do Estado e com isso o valor da verba repassada para a cidade foi reduzido, “se os moradores entrarem com os materiais e a prefeitura com a mão de obra, existe a possibilidade de sair o calçamento ainda este ano”.
Os moradores do bairro entraram em acordo com a prefeitura, eles próprios vão pagar um valor ao mês para calçar as ruas do bairro. Ao todo são 27 famílias que vivem nas casas populares, para cada família o custo será de R$ 900 para que o sonho do calçamento ocorra de fato. Entre 10 a 15 dias estão previstos o início das obras.

Pequena Gente Grande


Trabalho escravo infantil no Brasil

Pedro Henrique Martins

Em pleno século XXI, o trabalho escravo infantil no Brasil continua a nos preocupar. É uma realidade que persiste em perseguir apesar do avanço da modernidade. A dignidade de milhões de crianças e adolescentes brasileiras estão sendo desrespeitadas e violadas em se tratando de direitos humanos.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatísticas – IBGE – mostra que há no Brasil 5,5 milhões de crianças e adolescentes entre, cinco e 17 anos que trabalham no país. Ao mesmo tempo, essa mesma pesquisa revela que mais de cinco milhões de crianças e adolescentes, não estão freqüentando as salas de aula, por causa do trabalho.
Uma pergunta fica no ar: Quais são os motivos que nos levam a crer nessa realidade? Bom, temos que considerar no contexto histórico e social para podermos entender perfeitamente esse assunto. Do ponto de vista histórico, o trabalho infantil é um problema antigo, sendo comparado até com a escravidão nos tempos mais remotos. Ao invés de negros, africanos e índios, são crianças, adolescentes, meninos e meninas.
São crianças pertencentes às famílias de classe baixa que não possuem condições financeiras para poder viver com um pouco mais de dignidade.
Os pais dessas crianças são “obrigados” a pôr seus filhos no trabalho, para conseguir um “dinheirinho” a mais no final do mês, pois eles podem não ter o que comer, beber e vestir. Esse problema é maior no nordeste brasileiro, cerca de 2,5 milhões de crianças e adolescentes estão no mercado do trabalho infantil. A região nordeste contribui para que esse fato ocorra, por ser uma região pobre e sem políticas públicas adequadas.
Levando-se em conta o que foi observado, nota-se que esse problema nos acompanhará por muitos anos, se depender das políticas públicas existentes. A política no Brasil, como não é levada a sério pelos nossos parlamentares, (e por esse motivo) esse problema (trabalho infantil) nos perseguirá por muito tempo, infelizmente.

O mal de Cabral


Existe racismo no Brasil?


Pedro Henrique Martins

Tudo começou em 1548 quando chegaram ao Brasil, os primeiros negros vindos da África. Eram negros que viriam ao país para o trabalho agrícola escravo, trazidos pelos europeus. Esse episódio da história brasileira marca o início do que chamamos e conhecemos de “racismo”. Tecnicamente falando, racismo é um conjunto de opiniões pré-concebidas, em que alguns acreditam ser superiores aos outros, é a doutrina que sustenta a superioridade das raças.
Se formos pensar historicamente, poderíamos dizer que quem trouxe esse problema para as terras cabralinas, foram os europeus, principalmente os portugueses. Pois é, podemos ter certeza de que assim ficou e assim será por muitos anos. É uma vergonha ter que conviver com esse problema. Os negros, assim como qualquer outro ser - humano, possuem os mesmo direitos que os que aparentam possuir “boa aparência”.
A sociedade brasileira “elitizada”, nunca respeitou os negros, pois sabemos e aprendemos nas escolas da vida que os negros eram escravos, viviam nas senzalas e eram tratados como bicho. Os negros dificilmente têm acesso às funções de maior relevo. Isso está mais que provado. Nas novelas que passam em horários nobres nas TVs, nos revela que de fato, somos sim preconceituosos e que os negros sofrem discriminação. Ao ligarmos a televisão vimos tudo isso acontecer diariamente. Somos telespectadores da nossa história onde também assumimos a função de protagonista.
Mas ainda resta um pouco de esperança em ver esse quadro mudar, basta que nós aceitemos as nossas diferenças e que assim possamos respeitar uns e outros. Temos que extinguir de vez a palavra “racismo” do nosso vocabulário.