Pedro Henrique Martins
Um dos pontos turísticos mais visitados na região. Sua altitude é de 2,05 mil metros acima do nível do mar. De seu pico tem-se uma visão de 360º sem obstáculos, de onde podem ser vistas as cidades de Gonçalves, Cambuí, Córrego do Bom Jesus, Monte Verde, Campos do Jordão (SP), entre outras. A Pedra de São Domingos, além de pertencer a Córrego, faz divisa com três municípios: Camanducaia, Gonçalves e Paraisópolis. Trata-se de um ponto turístico muito procurado por quem aprecia o ecoturismo e esportes radicais. Mas é preciso tomar cuidado para não degradar o meio ambiente. Pensando em preservar a Mata Atlântica, a fauna e a flora da região, as prefeituras das quatro cidades se uniram e criaram um projeto, com o consentimento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Um dos objetivos do projeto é transformar a região em área de conservação, pois a mesma está sofrendo uma ocupação desordenada. Com a legalidade, o local terá incentivos à preservação, essencial para o bom desenvolvimento do ecossistema de beleza inexplicável. As áreas de conservação são chamadas pela legislação brasileira de unidades de conservação, fazendo parte do sistema brasileiro de proteção ao meio ambiente e sendo controladas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), compondo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).
As unidades de conservação têm como foco principal minimizar a degradação dos ecossistemas, estabelecendo áreas naturais protegidas e sítios ecológicos de relevância cultural. Para os quatro municípios que se uniram em prol do Pico de São Domingos, o objetivo maior é conservar as frações de matas atlânticas isoladas, que englobam a fauna e a flora.
Há vários tipos de unidades de conservação; um para cada tipo de região. Para a Pedra, não se sabe ainda qual será a unidade pretendida, pois para isso uma equipe do Instituto Estadual de Florestas (IEF) irá analisar a região e enquadrá-la em algum dos tipos de unidades existentes. Os diferentes tipos de unidades correspondem a formas diferentes de proteger os recursos naturais, desde a interdição total de sua utilização até o estabelecimento de quotas para caça, pesca ou colheita de determinadas espécies. Dentre vários tipos de unidade de conservação, destacam-se unidades de proteção ambiental, unidades de relevante interesse ecológico e unidades de reserva de desenvolvimento sustentável.
Estão sendo traçadas as diretrizes do projeto para a criação de uma unidade de conservação na região. Este processo começa com o ordenamento das atividades antrópicas (atividades exercidas pelo homem que sejam degradadoras ou conservadoras). As torres localizadas na Pedra são um exemplo de atividade antrópica. O segundo passo é a ordenação das visitações públicas e turísticas, com agendamentos.
Segundo informações da assessora ambiental Letícia Nunes Medeiros, as quatro cidades irão gerir juntas os trabalhos na Pedra. “Camanducaia irá fornecer assessoria técnica; Córrego do Bom Jesus, assessoria jurídica. Paraisópolis e Gonçalves irão atender outras necessidades”, explica. Os recursos para a contratação dos funcionários que atuarão na Pedra serão gerados pelo governo do estado, pelos quatro municípios a que pertence o Pico de São Domingos, por usuários e turistas.
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