sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Modernidade avançada



Pedro Henrique Martins


Cada vez mais os jovens brasileiros com idade entre 16 e 18 anos, são consumidores de drogas ilícitas. A maconha, por exemplo, é a “porta de entrada” para drogas superiores, no caso da cocaína, que é considerada a segunda droga mais utilizada entre essa nova classe de usuários.
No Brasil o consumo e o tráfico da “cannabis sativa” – nome cientifico da erva (maconha) – é crime. Os infratores estão sujeitos a uma pena que varia entre seis meses a dois anos de prisão e está prevista no artigo 16 do Código Penal.
Os jovens brasileiros não estão muito preocupados com a lei, pois nossa sociedade modernizada e elitizada estão aceitando cada vez mais os usuários e a justiça brasileira não está punindo quem somente faz o consumo. Os olhares estão voltados somente para os traficantes, tanto que desde 1993, as apreensões de maconha cresceram oito vezes.
Outro assunto que está sendo muito discutido entre todas as camadas sociais, é sobre a proposta de lei que está em discusão no Congresso Nacional, sobre a dicriminilização do uso da maconha. Proposta apoiada pelo deputado federal, Fernando Gabeira, que diz, “Não fumo no Brasil porque é crime, mas quando vou a Amsterdã dou uns tapinhas”. Gabeira argumenta que a sociedade mesmo está mais branda, tolerável sendo que, tudo começa no álcool, depois para o tabaco.
De acordo com uma pesquisa divulgada recentemente, tudo começa com a bebida alcoólica, passando mais tarde para o cigarro e conseqüentemente entrando no mundo das drogas ilícitas. A pesquisa também revela o grau viciativo da droga. De dez pessoas que fazem o uso da maconha, somente uma pessoa desenvolverá o vício. Em contrapartida, o grau viciativo da cocaína é de cinco em cada dez. Cerca de 90% dos usuários da cocaína fizeram estágio na maconha.
Em virtude do que foi mencionado, é notório o efeito da modernidade. Será que conseguiremos conviver com a liberalização da maconha? Até que ponto a modernidade irá nos ajudar ou atrapalhar, para que possamos conviver como pessoas civilizadas e respeitando os direitos dos outros? Temos que nos civilizar à modernidade avançada?

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